A partir
da aula de técnica interventiva, podemos entender que a visita
domiciliar se constitui como um instrumento utilizado pelo Serviço
Social, mas não exclusivo desta profissão, e ainda se fixa como meio de
trabalho para alcançar determinados objetivos propostos a partir do
conhecimento e capacidade de apreensão que temos sobre a realidade
social.
Nesse
sentido, o uso da visita domiciliar , não pode ser pensada em si mesma.
Em outras palavras, não pode ser pensada de forma descolada das
mediações e determinações da realidade social. Nesta mesma direção, não
podemos desvincular o objetivo do uso do instrumento ao referencial
teórico-metodológico ao qual está vinculado, nem da dimensão técnico
operativa e ético-política. Logo, queremos explicitar que a visita
domiciliar, assim como todos os outros instrumentos não são neutros já
que se pautam numa perspectiva científica e seus fundamentos que também
não são neutros.
Em
função disso, precisamos conhecer da melhor forma possível a realidade
social a qual estaremos nos inserindo pra melhor definição dos objetivos
postos para uma visita - é a partir disso que se faz preciso a dimensão
´teórico-metodológica -, e sempre, realizando o exercício de articular
as particularidades e singularidades apreendidas, com o contexto mais
universal.
Verificamos
que a linguagem e a observação são os recursos básicos que devem ser
utilizados pelo profissional na realização de uma vsita. Como
desdobramento deste elemento, precisa-se apresentar uma linguagem clara e
de fácil compreensão para a transmissão das devidas informações de modo
que não prejudique o entendimento das pessoas cujas casas serão
visitadas.
Por meio
dela, é possível a construção de um saber sobre a população usuária,
que pode se constituir ou não em uma verdade. É a partir disso que
podemos explicitar e vincular a questão do saber profissional ao poder
do mesmo, visto que o poder do assistente social é construído a partir
do que ele sabe. Saber este que deve se vincular também ao conjunto da
rede social presente naquela realidade em que o sujeito está inserido,
de forma a facilitar e ampliar o acesso dos mesmos aos seus direitos.
Cabe
ressaltar, que por meio da visita, as pessoas são avaliadas (o que é
completamente diferente de ser julgada), e suas vidas e condutas
interpretadas. A partir disso, que informações podem ser resgistradas
via instrumentos que utilizam comunicação indireta, assim como os
devidos encaminhamentos podem ser feitos por meio do que se ficou
entendido.
Foi
clarificado o fato de que o profissional deve sempre estar acompanhado
de outro, de modo com que um afaça a intervenção direta, e outro se fixe
na observação para que o que se ficou apreendido possa ser
compartilhado e discutido por ambos profissionais. Assim também, foi
exposto que eles sempre devem esclarecer os objetivos da visita para os
indivíduos, e após relato dos fatos, explicitar o que ficou compreendido
para reafirmação e/ou correções das avaliações dos profissionais.
Para
concluir, podemos afirmar que tais exposições servem para melhor
compreensão do instrumento e que sua utilização possui tanto aspectos
positivos quanto negativos. Contudo, estes aparecerão conforme a
preparação ou não empreendida pelos profissionais no uso desse
instrumento.
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