quarta-feira, 17 de julho de 2013

A visita domiciliar

A partir da aula de técnica interventiva, podemos entender que a visita domiciliar se constitui como um instrumento utilizado pelo Serviço Social, mas não exclusivo desta profissão, e ainda se fixa como meio de trabalho para alcançar determinados objetivos propostos a partir do conhecimento e capacidade de apreensão que temos sobre a realidade social.
 
Nesse sentido, o uso da visita domiciliar , não pode ser pensada em si mesma. Em outras palavras, não pode ser pensada de forma descolada das mediações e determinações da realidade social. Nesta mesma direção, não podemos desvincular o objetivo do uso do instrumento ao referencial teórico-metodológico ao qual está vinculado, nem da dimensão técnico operativa e ético-política. Logo, queremos explicitar que a visita domiciliar, assim como todos os outros instrumentos não são neutros já que se pautam numa perspectiva científica e seus fundamentos que também não são neutros.
 
Em função disso, precisamos conhecer da melhor forma possível a realidade social a qual estaremos nos inserindo pra melhor definição dos objetivos postos para uma visita - é a partir disso que se faz preciso a dimensão ´teórico-metodológica -, e sempre, realizando o exercício de articular as particularidades e singularidades apreendidas, com o contexto mais universal.
 
Verificamos que a linguagem e a observação são os recursos básicos que devem ser utilizados pelo profissional na realização de uma vsita. Como desdobramento deste elemento, precisa-se apresentar uma linguagem clara e de fácil compreensão para a transmissão das devidas informações de modo que não prejudique o entendimento das pessoas cujas casas serão visitadas.
 
Por meio dela, é possível a construção de um saber sobre a população usuária, que pode se constituir ou não em uma verdade. É a partir disso que podemos explicitar e vincular a questão do saber profissional ao poder do mesmo, visto que o poder do assistente social é construído a partir do que ele sabe. Saber este que deve se vincular também ao conjunto da rede social presente naquela realidade em que o sujeito está inserido, de forma a facilitar e ampliar o acesso dos mesmos aos seus direitos.
 
Cabe ressaltar, que por meio da visita, as pessoas são avaliadas (o que é completamente diferente de ser julgada), e suas vidas e condutas interpretadas. A partir disso, que informações  podem ser resgistradas via instrumentos que utilizam comunicação indireta, assim como os devidos encaminhamentos podem ser feitos por meio do que se ficou entendido.
 
Foi clarificado o fato de que o profissional deve sempre estar acompanhado de outro, de modo com que um afaça a intervenção direta, e outro se fixe na observação para que o que se ficou apreendido possa ser compartilhado e discutido por ambos profissionais. Assim também, foi exposto que eles sempre devem esclarecer os objetivos da visita para os indivíduos, e após relato dos fatos, explicitar o que ficou compreendido para reafirmação e/ou correções das avaliações dos profissionais. 
 
Para concluir, podemos afirmar que tais exposições servem para melhor compreensão do instrumento e que sua utilização possui tanto aspectos positivos quanto negativos. Contudo, estes aparecerão  conforme a preparação ou não empreendida pelos profissionais no uso desse instrumento.

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